Monday, October 16, 2006

I'm back

Sete meses!

Sete meses desde meu último post. Quanta coisa aconteceu desde então. As mudanças foram tão intensas que nem consegui escrever.

Continuo a sair com a garota que trabalhou comigo e que eu reencontrei no início do ano. Vamos reconstruir nossa vida juntos.


Hoje faz 1 ano que minha ex pediu a separação. Na época, as duas coisas mais importantes da minha vida, que me davam sustentação, eram minha família e meu trabalho e lembro ter dito que trocaria meu emprego pela minha família. Na sexta passada, devido uma restruturação na empresa promovida pelo novo presidente, troquei uma confortável posição executiva por uma busca por novas oportunidades profissionais, que de uma maneira realista significa: fui despedido.

É estranho. De um lado estou muito triste, pois sempre fui um bom profissional e sempre trouxe bons resultados para a empresa, mas por outro lado estou me sentindo aliviado, pois aquele ambiente de cobranças absurdas por resultados impossíveis estava acabando comigo. Tenho uma indenização que me permite ficar sem trabalhar, mantendo meu padrão de vida, por uns 2 anos e se eu economizar posso sobreviver uns 5 anos antes de me desfazer de qualquer patrimônio.

Só que é duro acordar de manhã, na hora habitual, e saber que posso dormir até mais tarde, não por estar em férias, mas por não ter emprego.


Hoje também faz 1 ano que minha Weimaraner morreu. Se chamava Camila, era cinza, de olhos verdes e muito companheira. As vezes até perturbava, de tanto que ela queria ficar junto. Ela já estava com 12 anos, estava muito doente, e morreu na madrugada de 15 para 16/Out/05, de velhice. Ela estava tendo convulsões e grande dificuldade para respirar e lembro que passei boa parte da madrugada dormindo com ela e ao vê-la sofrer tanto, pedi de coração para a espiritualidade que a levasse sem dor.

Fui atendido no meu pedido. Pela manhã fui ver se ela estava bem, mas ela já tinha partido. Estava dura e fria, na caminha que ela tanto gostava de ficar.

Eu e a ex choramos muito, mas fiquei aliviado porque a Camila não sofreria mais. Levamos ela para o nosso terreno, fiz a cova com a ajuda do meu pai e a enterramos. Como a ex viria a me falar algumas horas mais tarde, ao ver a terra cair sobre o corpo dela, minha ex estava vendo que nosso casamento estava sendo enterrado junto.

Havíamos marcado um almoço na casa de um casal amigo nosso e não cancelamos o compromisso. Íamos fazer sushi e sashimi. Eu cheguei lá por volta das 12:30h para prepararmos as coisas. A ex chegou uma hora depois. Comemos, conversamos muito pouco e a ex alegou que tinha que finalizar um trabalho e foi embora por volta das 15:00h. Eu fiquei com meus amigos até o final do dia. Hoje sei que o "trabalho" que ela tinha que fazer era com o intelectualmente limitado.

O corno chorando a morte da nossa "filha" e ela num motel numa tarde gostosa de domingo.