Saturday, January 28, 2006

Carpe Diem

Hoje coloquei meus DVDs em ordem. Desde que saí da minha (ex) casa, estavam numa caixa, pois eu acreditava que eles voltariam na mesma caixa que vieram.

Ao tirá-los da caixa, reencontrei o filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (Dead Poets Society), um filme de 1989 dirigido por Peter Weir, com Robin Williams, que conta a história de um professor de literatura numa escola tradicional e seus métodos pouco ortodoxos de ensino, e que marcou muito minha juventude.

Eu assisti a este filme no cinema há muitos anos e, inspirado pelo filme (carpe diem), convidei ela, que se tornaria minha esposa, para sairmos. Quando saímos, eu fui preparado para declarar o quanto estava apaixonado por ela, e tudo que ela ficou falando durante a noite toda foi num outro rapaz que ela estava a fim. Digamos que foi um dos encontros mais brochantes que tive na vida.

Algum tempo depois, também influenciado pela mensagem do filme, conquistei outra menina, mas devido sua infantilidade (tínhamos 7 anos de diferença), nosso namoro durou 10 meses.

Então, nestes encontros casuais da vida, eu e a minha futura ex mulher (que me colocaria um belo par de chifres) nos encontramos de novo e rolou uma química fantástica. Isso foi em 25/Nov/1990, o dia que começamos a namorar. Quando nos beijamos pela primeira vez, para mim, soube que seria para sempre. Pena que o para sempre para ela tinha prazo de validade.

Neste filme há uma menção sobre Walt Whitmann, com a bela poesia:

O CAPTAIN!, MY CAPTAIN!

O CAPTAIN! my Captain! our fearful trip is done;
The ship has weather'd every rack, the prize we sought is won;
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.

O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up-for you the flag is flung-for you the bugle trills;
For you bouquets and ribbon'd wreaths-for you the shores a-crowding;
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
Here Captain! dear father!
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck,
You've fallen cold and dead.

My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchor'd safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;
Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.


1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

O mundo estava no rosto da amada-
e logo converteu-se em nada, em
mundo fora do alcance, mundo-além.

Porque não o bebi quando o encontrei
no rosto amado, um mundo à mão, ali,
aroma em minha boca, eu só seu rei?

Ah, eu bebi. Com que sede eu bebi.
Mas também estava pleno de
mundo e, bebendo, eu mesmo transbordei.
( Rainer Maria Rilke )
A impressão que eu tive foi esta. Resposta à Whitmann e a um amor florescente: seu primeiro beijo.

12:35 AM  

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