Monday, October 01, 2007

The Meaning of My Life

Meu último texto foi há quase 1 ano. What a shame!

Preguiça e desleixo com o compromisso que assumi comigo mesmo não são desculpas, mas a pura verdade.

Eu sempre tive vontade de escrever um livro e este blog seria o embrião deste projeto. Sinto ter falhado, pois as emoções devem ser escritas na hora em que são sentidas e não depois de algum tempo, pois nossa mente pode nos pregar muitas peças. Podemos mudar de forma consciente ou não o que aconteceu e esquecemos certos detalhes com o passar do tempo. Se eu escrever o livro sobre minha separação não será mais a mesma coisa.

Continuo desempregado. Farei aniversário de 1 ano daqui a 11 dias.

Eu me dei o direito de um período sabático de seis meses. Quando este período terminou em Abril eu reativei meus contatos, me inscrevi em vários headhunters e enviei CVs para diversas posições que parecem que foram talhadas para mim, porém, nem uma única entrevista.

Isso me deixa triste. Sempre me preocupei com minha carreira e sempre me mantive atualizado e parece que nada disso tem valor. Amigos me falam, para que eu fique mais otimista, que minhas qualificações são superdimensionadas para as posições em que me candidato, mas no fundo sei que não sou ninguém especial e que sou descartado por ter 41 anos, pois aqueles que contratam pensam que alguém nesta idade não está desempregado a toa.

É engraçado que a única vez que eu realmente não fui egoísta pensando primeiro em mim mesmo e defendi aquele sujeito que queriam demitir por ter 50 anos e ser "velho e imprestável", eu me dei mal.

Eu estava extremamente descontente com o lugar que eu trabalhava e pensava em sair, porém, eu queria ter tomado esta decisão e não ter sido "saído" contra minha vontade. Converso com muitas pessoas que foram meus funcionários e todos dizem que o novo presidente trouxe a quadrilha dele e que o ambiente fica pior dia a dia mas mesmo assim não queria ter sido demitido. Dizem que eu tive azar por estar no lugar errado na hora errada, pois o fato de eu não concordar em demitir alguém por ser "velho" foi o que o presidente precisava para me substituir por alguém da "confiança" del.

Internamente este novo grupo trazido pelo presidente é chamado de "Quadrilha do Pão de Queijo". Quadrilha no sentido literal de falcatruas e improbidades e Pão de Queijo porque todos vieram de Minas Gerais, afinal, a Telemig na época em que ele foi presidente foi a melhor empresa do universo e somente lá é que há bons profissionais. Há algo de podre no reino do México e o homem mais rico do mundo não tem a mínima idéia de como ele está sendo roubado.

Eu tenho motivos para ser feliz: tenho saúde, tenho uma mulher que me ama, tenho pais maravilhosos, sou inteligente e tenho uma situação financeira que me proporciona muito conforto. Por que, então, sinto um vazio tão grande? Sinto como se parte da minha vida tivesse sido roubada (e eu a quero de volta - eu acho).

Neste período desempregado, pelo menos, não fiquei no ócio e tento me ocupar de diversas maneiras (pena que não usei este tempo para continuar postando). Uma das coisas que fiz foi organizar minhas fotografias.

Eu ví uma foto de quando saí da faculdade, antes de conhecer namorar a ex. Eu não consigo me reconhecer e quero voltar a ser aquela pessoa.

Não me refiro a parte física (afinal não fiquei tão "detonado" assim nestes anos), mas sim a garra e auto-confiança que eu tinha. Quero ser aquela pessoa novamente, mas não consigo. Este buraco que sinto pela separação e pelo desemprego parece que impede que aquele eu consiga vir para o aqui e agora.

Ainda faço terapia. Ainda tomo remédios para a distimia (mas não estou mais dopado de antidepressivos). Fiz um tratamento ortomolecular. Fiz uma terapia alternativa de alinhamento energético e agora estou fazendo uma terapia específica para poder fazer uma regressão.

Parece que nada me trás respostas.

Fui mentor de muitos funcionários e sempre disse que eles precisavam saber o que queriam para poderem traçar seus objetivos. Casa de ferreiro, espeto de pau: "what's the meaning of my life?"

Monday, October 16, 2006

I'm back

Sete meses!

Sete meses desde meu último post. Quanta coisa aconteceu desde então. As mudanças foram tão intensas que nem consegui escrever.

Continuo a sair com a garota que trabalhou comigo e que eu reencontrei no início do ano. Vamos reconstruir nossa vida juntos.


Hoje faz 1 ano que minha ex pediu a separação. Na época, as duas coisas mais importantes da minha vida, que me davam sustentação, eram minha família e meu trabalho e lembro ter dito que trocaria meu emprego pela minha família. Na sexta passada, devido uma restruturação na empresa promovida pelo novo presidente, troquei uma confortável posição executiva por uma busca por novas oportunidades profissionais, que de uma maneira realista significa: fui despedido.

É estranho. De um lado estou muito triste, pois sempre fui um bom profissional e sempre trouxe bons resultados para a empresa, mas por outro lado estou me sentindo aliviado, pois aquele ambiente de cobranças absurdas por resultados impossíveis estava acabando comigo. Tenho uma indenização que me permite ficar sem trabalhar, mantendo meu padrão de vida, por uns 2 anos e se eu economizar posso sobreviver uns 5 anos antes de me desfazer de qualquer patrimônio.

Só que é duro acordar de manhã, na hora habitual, e saber que posso dormir até mais tarde, não por estar em férias, mas por não ter emprego.


Hoje também faz 1 ano que minha Weimaraner morreu. Se chamava Camila, era cinza, de olhos verdes e muito companheira. As vezes até perturbava, de tanto que ela queria ficar junto. Ela já estava com 12 anos, estava muito doente, e morreu na madrugada de 15 para 16/Out/05, de velhice. Ela estava tendo convulsões e grande dificuldade para respirar e lembro que passei boa parte da madrugada dormindo com ela e ao vê-la sofrer tanto, pedi de coração para a espiritualidade que a levasse sem dor.

Fui atendido no meu pedido. Pela manhã fui ver se ela estava bem, mas ela já tinha partido. Estava dura e fria, na caminha que ela tanto gostava de ficar.

Eu e a ex choramos muito, mas fiquei aliviado porque a Camila não sofreria mais. Levamos ela para o nosso terreno, fiz a cova com a ajuda do meu pai e a enterramos. Como a ex viria a me falar algumas horas mais tarde, ao ver a terra cair sobre o corpo dela, minha ex estava vendo que nosso casamento estava sendo enterrado junto.

Havíamos marcado um almoço na casa de um casal amigo nosso e não cancelamos o compromisso. Íamos fazer sushi e sashimi. Eu cheguei lá por volta das 12:30h para prepararmos as coisas. A ex chegou uma hora depois. Comemos, conversamos muito pouco e a ex alegou que tinha que finalizar um trabalho e foi embora por volta das 15:00h. Eu fiquei com meus amigos até o final do dia. Hoje sei que o "trabalho" que ela tinha que fazer era com o intelectualmente limitado.

O corno chorando a morte da nossa "filha" e ela num motel numa tarde gostosa de domingo.



Monday, March 13, 2006

Perante o Juíz

Hoje fomos ao fórum homologar nossa separação.

A audiência estava marcada para as 16h. Chegamos as 15:45 e ficamos aguardando nossa advogada na porta principal.

Encontramos um amigo meu, que estudou comigo no colégio, que é advogado e que foi ao fórum para uma audiência. Ele viu a barriga dela e já nos cumprimentou pelo nenê e começou a falar que ele também é pai fresco, que estava muito feliz, etc e tal. Aí ele nos perguntou o que estavamos fazendo no fórum e ele ficou super sem jeito quando falamos que estavamos lá para homologar nossa separação. Fico imaginando em pouco tempo quando outros amigos a encontrarem com o filho pequeno, falarem que se parece comigo (não sei porque todo mundo fala que a criança é a cara do “pai”) e a reação quando ela falar que não é meu filho.

As 16:01h fomos chamados para a sala do Juiz. Sentamos eu e ela numa mesa de uns 1,50m x 80cm e nossa advogada em frente. Na cabeçeira da mesa tinha outra mesa, num patamar mais elevado, onde sentou o Juiz.

Ele perguntou meu nome e o dela. Respondemos e meus olhos começaram a se encher de lágrimas.

Aí ele perguntou se eu queria a separação. Respondi que sim. Perguntou o mesmo a ela, que também respondeu que sim.

Então ele nos perguntou, na seqüência, se havíamos lido a Petição e se concordávamos com os termos. Com nossas respostas afirmativsa, ele assinou a homologação e nos desejou boa sorte. Ele passou a homologação para sua assistente para que ela colhesse as nossas assinaturas e da advogada.

Eram duas folhas, na qual estava escrito, em termos gerais, que aos treze dias do mês de março de 2006 nós estivemos na presença do Juiz e manifestamos nosso desejo de separação.

Eu começei a chorar e demorei um pouco para ler, pois as lágrimas impediam que eu focasse o texto.

Ela me passou um lenço, mas ficou impassível perante a situação, o que me incomodou muito.

Demorou muito mais eu parar de chorar do que a audiência em sí. A única coisa que achei estranha foi o fato que em nenhum momento o Juiz pediu um documento que comprovasse que éramos nós de fato.

Monday, March 06, 2006

Cada Vez o Chifre Aumenta Mais!

Dormi super bem. Tem horas que o remédio é muito útil.

Vou cancelar minha terapia hoje a noite e vou na casa da vagabunda assinar a petição.

O mais esquisito é que ontem ela falou que a culpa é minha pelo fato das pessoas terem se afastado dela. Eu bem me lembro nos últimos meses que estavamos juntos que ela desprezava toda e qualquer socialização com nossos amigos e só ia na casa das irmãs em ocasiões especiais (aniversário, natal, etc...), não fazendo questão nenhuma de cultivar os relacionamentos.

Na época achava que era cançaso do trabalho, mas hoje sei que ela preferia usar o tempo dela com outras coisas e com outras pessoas que lhe proporcionavam muito mais prazer do que ficar com o trouxa do marido que bancava a boa vida dela, ou com os amigos e familiares, que só faziam ela perder tempo (como diz o ditado: "cada trepa não dada é uma trepa perdida").

Um amigo me contou que na época que ela trabalhou numa outra empresa (trabalho que ela conseguiu por minha influência, diga-se de passagem, pois senão ela estaria desempregada até hoje) ela teve um caso com um colega de trabalho. Isso foi em 2002.

Cada vez meu chifre aumenta mais.

Intelectualmente Limitado

O "Intelectualmente Limitado", que está metendo com a piranha faz tempo, me ligou há pouco.

Quando ela me pediu perdão em 27/12/2005 disse que me traiu por vingança (ainda não sei do que ela queria se vingar - vai ver que queria se vingar por eu gostar dela) e foi por isso que ela ficou com alguém tão desqualificado, essas foram as palavras dela a respeito do indivíduo: "Alguém com um bom coração mas intelectualmente limitado, alguém bruto que não estaria a altura dela, alguém que ela teria vergonha em apresentar aos outros, alguém que não sabe falar direito, escreve errado e nem sabe se portar a mesa". Neste dia ela me disse que se arrependia muito e que rezava todos os dias para que eu a perdoasse e para que o filho fosse meu pois eu seria melhor pai que ele, não só em termos financeiros, mas principalmente em termos morais.

Ele, que já se apropriou das coisas dela (que fui eu quem comprou), da casa, do carro, até dos meus cachorros, me ligou para me cobrar sobre a assinatura da petição do divórcio.

Mandei ele a merda, porque ele não tem nada a ver com isso. Pode estar metendo nela o dia inteiro o dia todo, mas este assunto do divórcio é entre eu e ela.

Em meados de Nov/05 eu assinei a procuração para a advogada dela fazer a petição e a vaca só entrou com o processo na semana passada. Recebi a minuta do documento e consultei meu advogado que me instruiu a não assinar naqueles termos, pois no que tange a pensão alimentícia, estava escrito que "...a requerente dispensa auxílio alimentar ...." e que o verbo "dispensar" pode ser interpretado que agora ela não quer ajuda, mas que tem o direito de solicitar este benefício no futuro. Isso eu não acho certo, eu bancar o filho bastardo de outra pessoa, que foi fruto de traição e mentira.

Meu advogado disse que deveríamos mudar para "renuncia". A advogada dela re-escreveu o texto e colocou "renúncia". Ao invés do verbo ela usou o substantivo e por isso não assinei.

Aí o infeliz, que já deu um belo golpe do baú (ele nem quer que ela use mais o Audi "dele") me ligou dizendo que eu estava barrigando a vida deles e me ameaçou que se eu não assinasse que iriam entrar com o litigioso.

Falei para ele fazer isso amanhã mesmo, pois o meu advogado recomendou fortemente que ao invés de um divórcio amigável, que eu devia entrar com o litigioso e que apesar de demorar bastante o processo (uns 10 anos), que eu ganharia na justiça e poderia deixá-la na miséria e ainda processá-la por danos morais.

Eu não quis isso, pois queria resolver logo a situação e não queria uma briga. Mas se eu estou "impedindo a felicidade sincera deles", que ele entre mesmo com o litigioso. Eu posso esperar 10 anos ou 20 anos o processo rolar na justiça e posso pagar os melhores advogados. Ele não tem nem o que comer em casa.


Vamos ver quem tem mais a perder!

Ainda bem que eu troquei todas as senhas do banco, tirei todos os dolares de casa e mudei meu seguro de vida, removendo ela como beneficiária (ela ficaria milionária com a minha morte).

O pior foi que liguei para ela na seqüência e ela disse que por minha culpa o pai dela não fala mais com ela e as irmãs e os amigos se afastaram.

Pensando bem, realmente o culpado fui eu, pois fui eu que fiquei dando minha buceta e meu cú para o Limitado (o cérebro é minúsculo, mas o caralho deve compensar a falta de massa cerebral) enquanto o trouxa do meu marido bancava viagens para o exterior, roupas, jóias e todo o luxo que eu vivia.

Sabe de uma coisa VÁ PRA PUTA QUE PARIU E LEVA ELE JUNTO.


A plantação é livre, mas a colheita é obrigatória.

Tuesday, February 28, 2006

Férias

Tirei umas férias para colocar a cabeça no lugar. E, principalmente, segui o conselho da Ana, mas fiz praticamente tudo isso antes da formatura.

Há umas três semanas encontrei com uma garota que trabalhou comigo há uns 4 anos atrás e que eu não via há tempos. Nos esbarramos no Shopping Morumbi fazendo compras e conversamos um pouco, mas depois liguei para ela.

Ela tem 35 anos, separada há 3, sem filhos e está (estava) sozinha. Liguei e saímos para jantar. Conversamos bastante, falamos mal dos outros, metemos o pau nos ex-chefes e falamos sobre nossos casamentos.

Depois continuamos a falar por telefone e nos encontramos mais algumas vezes e combinamos de viajar juntos. Fomos para Ilha Bela e ela foi a formatura comigo. Estamos saindo até hoje (ou na modernidade, ficando).

Ontem eu faria 13 anos de casado e amanhã volto ao trabalho. Estou bem menos triste e os remédios continuam a me dar sono, mas creio que já saí do fundo do poço.

É muito estranho estar com uma outra pessoa depois de tantos anos, mas está sendo muito legal e estou curtindo bastante o presente, pois antigamente gastava muito tempo elocubrando o futuro, que muitas vezes nem chegava e com isso eu deixava de vivenciar o momento. Se vamos ficar juntos para sempre ou não, vou deixar para me preocupar quando o momento chegar.

Férias sem computador é muito bom, mas no começo a gente sente uma falta danada, mas foi ótimo ficar longe de algumas amarras, só faltou eu não levar o celular. Espero que minha memória não me traia ao continuar com o diário.

Thursday, February 02, 2006

Cansaço

Estou bastante cansado, sem razão aparente. Dormi muito bem, não tive um dia agitado no escritório, mas estou com muito sono.

Tentei escrever outro capítulo do livro, mas não consegui. Me falta vontade.

Pensei em assistir um pouco de TV, mas também estou sem vontade.

Hoje a ex me ligou avisando que tinha correspondência. Fui lá no final da tarde. Ela não estava. Brinquei com minhas cachorras, que dentro em breve virão morar comigo.

A dogue preta está com gravidez psicológica e estava com o focinho todo sujo de terra pois andou cavocando o canteiro. A dogue branca está bem, me encheu de lambidas.

Sinto muita falta das minhas meninas. Elas também sentem minha falta.

Hoje cedo recebi um convite para uma festa de formatura no próximo dia 18. Disse que ia, mas não estou com vontade de encontrar com certas pessoas que vão ficar me perguntando porque fui sozinho.

Uma amiga comum minha e da ex ligou convidando para uma pequena festa de aniversário neste domingo. Não sei se vou. Até tenho vontade, pois as pessoas são legais, mas desconfio que a ex vai, e não vai sozinha. Para evitar constrangimento para meus amigos, acho melhor ficar em casa.



Tuesday, January 31, 2006

O Lexapro e Eu - parte 3

O Lexapro está fazendo um bom efeito. Há 3 dias que não sinto angústia nem tristeza, mas ainda tenho problemas com o sono. Ou tenho sonolência ou tenho insônia.

Apesar disso, continuo sem vontade de trabalhar. Estou começando a ficar cansado da rotina cotidiana e da pressão por resultados. Tenho vontade de mandar tudo a merda.

Quero escrever outros capítulos do meu livro. Pensei sobre o que escrever, mas estou sem inspiração para colocar as palavras no papel.

Sinto falta dos comentários da Ana.

Sunday, January 29, 2006

O Lexapro e Eu - parte 2

Tomei o Lexapro ontem a noite. Adormeci logo mas acordei por volta das 3h e não consegui mais dormir.

A insônia foi pior que a sonolência. Como eu odeio uma noite mal dormida!

Porém, apesar deste efeito colateral, já sinto a ação do remédio. Estou menos triste, mas estou parecendo um zumbi.

O céu está cinza e está chovendo. Vou voltar para cama e tentar dormir.

Saturday, January 28, 2006

Carpe Diem

Hoje coloquei meus DVDs em ordem. Desde que saí da minha (ex) casa, estavam numa caixa, pois eu acreditava que eles voltariam na mesma caixa que vieram.

Ao tirá-los da caixa, reencontrei o filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (Dead Poets Society), um filme de 1989 dirigido por Peter Weir, com Robin Williams, que conta a história de um professor de literatura numa escola tradicional e seus métodos pouco ortodoxos de ensino, e que marcou muito minha juventude.

Eu assisti a este filme no cinema há muitos anos e, inspirado pelo filme (carpe diem), convidei ela, que se tornaria minha esposa, para sairmos. Quando saímos, eu fui preparado para declarar o quanto estava apaixonado por ela, e tudo que ela ficou falando durante a noite toda foi num outro rapaz que ela estava a fim. Digamos que foi um dos encontros mais brochantes que tive na vida.

Algum tempo depois, também influenciado pela mensagem do filme, conquistei outra menina, mas devido sua infantilidade (tínhamos 7 anos de diferença), nosso namoro durou 10 meses.

Então, nestes encontros casuais da vida, eu e a minha futura ex mulher (que me colocaria um belo par de chifres) nos encontramos de novo e rolou uma química fantástica. Isso foi em 25/Nov/1990, o dia que começamos a namorar. Quando nos beijamos pela primeira vez, para mim, soube que seria para sempre. Pena que o para sempre para ela tinha prazo de validade.

Neste filme há uma menção sobre Walt Whitmann, com a bela poesia:

O CAPTAIN!, MY CAPTAIN!

O CAPTAIN! my Captain! our fearful trip is done;
The ship has weather'd every rack, the prize we sought is won;
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.

O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up-for you the flag is flung-for you the bugle trills;
For you bouquets and ribbon'd wreaths-for you the shores a-crowding;
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
Here Captain! dear father!
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck,
You've fallen cold and dead.

My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchor'd safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;
Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.


Friday, January 27, 2006

O Lexapro e Eu

Hoje foi um dia sem muitas novidades. A maior novidade foi que o novo antidepressivo, que o médico recomendou que eu tomasse na hora do almoço (Lexapro 10mg), me causa muita sonolência. Vou trocar o horário do remédio e tomá-lo a noite, assim terei a vantagem de conseguir dormir melhor e evitar dormir no escritório ou até mesmo no trânsito.

Sobre o pedido de Ana, autografarei e presentearei o livro com o maior prazer, contudo, primeiro preciso escrevê-lo e, segundo, preciso publicá-lo, o que acho que deve ser bem difícil. Não faço a mínima idéia nem de como procurar uma editora.

Com relação ao livro, não escrevi mais nada, mas pensei bem em como fazer. Ao invés de escrever linearmente, vou escrever os trechos, com base em determinadas situações ou assuntos, depois faço o melhor encadeamento possível, da mesma maneira que editamos um filme. Não sei se os escritores fazem assim, mas acho que desta maneira ficará mais fácil eu escrever do que se eu tentar escrever do primeiro ao último capítulo na seqüência.

Thursday, January 26, 2006

Comecei a Escrever Meu Livro

Hoje é um dia muito importante. Comecei a escrever meu livro. Escrevi duas folhas. Não é muito, mas já é mais que simplesmente uma idéia na cabeça.

Eu tive a iniciativa, rezo para ter forças para também ter a “acabativa”.

Ana, sobre seu comentário de ontem,
1) Eu também gosto de rir de mim e das tragédias, mas naquele momento foi o único poema que lembrei que refletia o que sentia.
2) A Pollyana que você se refere seria aquela orfã que vai morar com uma tia? Lembro vagamente sobre a história.
3) Seu spleen Byron não está me influenciando mal não. São fases da nossa vida, altos e baixos como uma montanha russa. Gosto bem mais de rir que de chorar, mas as vezes o choro é necessário para a limpeza da nossa alma, assim como determinadas poesias darks, para nossa reflexão profunda.

Wednesday, January 25, 2006

Livro e Poesia

Ana (de ANônimA),

Sua percepção é incrível. Realmente a idéia do livro é no sentido de cicatrizar a ferida para eu continuar meu caminho. Falaram que EU teria um renascimento nesta fase da minha vida e que no renascimento não fica pedra sobre pedra. É exatamente assim que me sinto. Preciso escrever o livro para poder virar as páginas.

Fiz 40 anos há exatamente 1 mês e a tal crise dos 40 anos, que para mim se iniciou há 3 anos, posso sintetizar que é a descoberta da nossa mortalidade. O que quando jovem estava no longínquo infinito, percebo que vai chegar e isto assuta muito, muito mesmo.

Eu já plantei uma (várias na verdade) árvore. A idéia de ser pai não me causa mais medo e quanto ao livro, basta eu acreditar que vou conseguir. Faço relatórios, apostilas e apresentações técnicas de engenharia, é só questão de mudar o foco da razão para a emoção. Vou escrever este livro por mim.

Sempre gostei de poesia. Li muito na época do vestibular e ainda leio, e lembro de muitos escritores, das diversas escolas ao longo destes séculos, que conseguiram perpeturar tão bem sentimentos em palavras.

Estou melhorando sim. Há algumas semanas eu citaria Augusto dos Anjos como “Ah, Um urubu pousou na minha sorte!”, de Budismo Moderno. Hoje já cito

VANDALISMO

Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças

Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.

Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos

E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!


A propósito, o guitarrista é o Keith Richards.

Almoço no Feriado

Hoje foi feriado em SP e nos encontramos para almoçar. Conversamos bastante sobre os papéis da separação e sobre o nosso passado.

Ela perguntou como eu estava e respondi que triste e vazio, com uma sensação de perda muito grande. Ela me trouxe o Lexapro, o novo antidepressivo que meu psiquiatra receitou ontem. Ela usou este medicamento e parou por causa da gravidez. Ela disse que entendia minha tristeza e solidão e lhe respondi que nem de longe ela imaginava o que eu sentia, pois ela, apesar de tudo tinha um companheiro e terá um filho dele e isso é uma família.

Sua resposta foi que ela tem alguns momentos de felicidade com ele sim, mas que a vida está sendo muito difícil, pois ela se sente muito só, sem nenhum apoio. Toda sua família a rejeita e a família dele também não é muito, digamos, tranqüila, pois, para eu ter uma idéia do apoio que o rapaz recebe do pai, o pai dele sempre pergunta quem, afinal, é o pai da criança, já que eu fiz o teste de DNA e deu negativo e o rapaz é estéril. Esta é a percepção que o novo sogro tem dela: Uma Vagabunda.

Durante as quase 3 horas de conversa, disse a ela que comecei a ligar os pontos e montar o quebra cabeças e que na minha nova visão do cenário o relacionamento físico deles havia começado no início deste ano, não depois de Março (pelo e-mail que lí no computador dela foi em 4/Jan).

Ela negou veementemente e reafirmou que só transou uma única vez em Agosto, quando ficou grávida. Disse que ela podia contar a verdade, pois a merda já estava feita mesmo, mas ela continuou firme em sua posição, que foi em Agosto.

Isto não me surpreendeu. Um grande amigo meu apelidou o conjunto de ações dela nos últimos tempos de “formiguinha”: uma atrás da outra. São Mentiras, Mentiras e mais Mentiras.

Ela tem falado tanto esta mentira que já está acreditando que é verdade. A que ponto chega a perturbação de uma pessoa. Além de tristeza, agora começo a ter pena.

Imagino sua reação quando ela ler a transcrição do seu e-mail no meu livro.

Tuesday, January 24, 2006

Comentário da Porra

Por favor, continue com seus comentários.

Fique a vontade para escrever o que quiser e o que sentir vontade.

O alicerce que me dava a sustentação para eu alcançar todos os outros objetivos na vida era meu casamento. Quando o casamento ruiu, eu desmoronei e ainda me encontro nos escombros.

Estou vivo, mas estou lutando para sair de baixo do entulho e chegar a um lugar seguro.

Faço terapia semanal (além de viver “drogado” com antidepressivos e ansiolíticos, feito com acompanhamento rigoroso com psiquiatra) e o blog permite que eu dê vazão as angústias a qualquer hora do dia.

Além disso, estou seriamente pensando em escrever um livro sobre esta situação bizarra e o blog é um bom laboratório.

Preciso, primeiro, me equilibrar mais para poder concatenar melhor as idéias para montar um livro interessante de se ler e que também possa ser útil para alguém.

A Porra da Porra no Vaso

Como alguém pode praticar um ato tão impensado e inconseqüente?
Uma trepa vale tudo isso?
Acabar com um casamento que podia ser salvo com um pouco de conversa, ser proscrita da família que ela tanto amava, pois as irmãs, seu bem mais precioso como ela sempre falava, se decepcionam mais a cada dia que passa, os cunhados não suportam vê-la na frente, o pai vai mudar de cidade, ela vai ficar com alguém que mostra a cada dia que é um desequilibrado e um acomodado que vai querer viver as custas dela e este filho, que não tem culpa de nada, vai ser discriminado e tratado como um bastardo por esta sociedade hipócrita.
Eu começo a ligar os pontos e encaixar as peças e percebo que ela se afastou, causando meu afastamento, mas eu só me culpava pelo meu afastamento.
No dia da separação ela disse que tinha certeza que eu tinha outra mulher porque havia indícios de esperma no vaso sanitário, o que provava que eu ia para o motel não me "limpava" direito. Eu achei estranho tal fato, mas como fisiologicamente isso pode acontecer ao urinar depois de se ter ereções noturnas, tentei em vão explicar isto. Hoje percebo que os indícios de esperma eram, na realidade, dele, que vinham dela, pois era ela que não se limpava direito. Isto nunca, jamais, nem em sonho, passou pela minha cabeça.
Ela procurava desculpas e mais desculpas para justificar seus atos e amenizar seu sentimento de culpa.

Monday, January 23, 2006

Mesmo Assim Sinto Sua Falta

Ler o e-mail alheio me fez mal. Quantas e quantas vezes não usei aquele micro e nunca tive vontade (nem motivos) de ler seus e-mails. Se tivesse sido neurótico e ciumento, talvez tivesse evitado tudo isso.

Ela foi muito covarde, depois de toda a merda que fez, em não admitir que esse caso já vinha há tempos. Seria mais digno para ela mesma. Acho que pior que ter traído a mim, foi ter traído a sí própria. Fico imaginando ela se olhando no espelho e refletindo sobre o que fez.

Hoje cedo ela me ligou com uma desculpa sobre os cachorros, mas senti na realidade que ela queria ouvir minha voz. É duro admitir, mas como sinto a falta dela. Se não fosse o fato da gravidez, acredito que voltaríamos na hora.

Sunday, January 22, 2006

Correspondência Alheia

Fiz uma coisa muito feia, mas que vai me ajudar a seguir minha vida.

Agora que sabemos que o filho não é meu, estamos acertando todas as pendências. Combinamos que ela ia sair ontem para eu ir pegar mais algumas coisas minhas.

Dentre as pendências, precisava acertar as contas da internet. Tinhamos 2 telefones, um no neme dela e outro no meu. O speedy estava habilitado no meu telefone, que vou tranferir. Na semana passada, solicitamos um speedy para a linha em nome dela, que já foi instalado. Ontem, então, precisava apenas acertar as ligações dos fios e as configurações da nova conta do provedor.

Fiz isso, testei e a internet funcionava perfeitamente. Quando eu ia desligar o micro, ví o ícone do Outlook Express e, não resisti, sei que é feio, mas fui ler os e-mails dela, só para ver, se houvesse, quando havia começado uma troca de e-mails picantes entre os dois.

Ela jurou que num impulso insano havia ficado com ele em 18/8/05, quando engravidou.

Pois bem, em Out/04 havia alguns e-mails PPT, com bobagens tipo corrente. Depois, achei alguns outros com piadinhas maliciosas, depois fotos sacanas, depois filminhos de sacanagem e finalmente, vejam as seguintes trocas de e-mail:

----- Original Message -----
From:
S@uol.com.br

To: A@ig.com.br

Sent: Tuesday, January 04, 2005 21:15
Subject: Re:
Vc sabe que se eu ficar molhadinha de novo, vc vai ter que comer outra

vez...

Pra ser bem sincera, já tô começado a ficar...

----- Original Message -----
From: A@ig.com.br
To: S@uol.com.br
Sent: Tuesday, January 04, 2005 5:23 PM
Subject: Fw:

Esta é só para te deixar toda molhada de vontade.

(file ass01.jpg ass03.jpg ass05.jpg ass06.jpg ass10.jpg ass11.jp ass13.jpg ass14.jpg ass 15.jpg)

----- Original Message -----
From: A@ig.com.br

To: S@uol.com.br
Sent: Sunday, December 19, 2004 16:45
Subject: Fw: Muito boa mesmo!!!!

Eu vou agradecer muito...

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Sent: Saturday, December 18, 2004 6:11 PM
Subject: Re: Muito boa mesmo!!!!

Se o problema é esse, pode deixar que eu dou um jeito...

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Sent: Saturday, December 18, 2004 4:53 PM
Subject: Fw: Muito boa mesmo!!!!

querer eu quero só não sei como você é uma mulher cercada de todos os lados.

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Sent: Saturday, December 18, 2004 4:12 PM
Subject: Re: Muito boa mesmo!!!!

Se é por isso não vou me decepcionar. Quanto a estragar o que existe... acho que isso não vai acontecer...

Mas afinal de contas: vc quer ou vai correr??? Se quiser, vc vai ter que vir buscar....
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Sent: Saturday, December 18, 2004 1:43 PM
Subject: Fw: Muito boa mesmo!!!!

Achar que é namoro e ser só amizade, pois não quero estragare se for namoro eu acho que é muita areia.

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Sent: Saturday, December 18, 2004 11:51 AM
Subject: Re: Muito boa mesmo!!!!

O que vc quer dizer? Achar que é grande e ser minúsculo???rsrs... Ou achar que é namoro e é só amizade?? Ou é muita areia pro seu caminhão?? hehehe....
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Sent: Saturday, December 18, 2004 7:14 AM
Subject: Fw: Muito boa mesmo!!!!

Por achar que é uma coisa e ser outra. Mas se quiser correr o risco...

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Sent: Friday, December 17, 2004 9:32 PM
Subject: Re: Muito boa mesmo!!!!

Com o que eu iria me decepcionar??
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Sent: Friday, December 17, 2004 12:31 PM
Subject: Fw: Muito boa mesmo!!!!

Por varios motivos: você é uma mulher resolvida e atraente, é ocupada, eu não consigo falar contigo fora da casa da L, achava que era brincadeira sua, mas se tem certeza do que quer (eu tenho) você sabe onde me achar e tem meu telefone. Ah, se prepare
para não se descepcionar.
BEIJOS


Pois bem, a vagabunda tava me corneando há muito mais tempo. Ela terceirizava enquanto o babaca aqui pagava todas as contas. Como fui otário.


Pelo que percebi, começou como uma coisa boba, que saiu do controle, até que ficou grávida e esmerdeou tudo.

Agora, mais equilibrado e lembrando melhor do passado, muitas noites, quando a procurava na cama, ela já estava (ou fingia que estava) dormindo, então, meu afastamento foi uma conseqüência do afastamento dela. Ela não precisava mais trepar com o marido, só que ele pagasse as contas.

Eu entendo e perdôo ela ter tido desejos e até ter sido infiel, mas poderia ter sido honesta quando lhe perguntei se ela tinha outro e, quando não conseguia mais esconder a gravidez, podia ter contado a verdade que já fazia tempo que estava tendo um caso.

Isto foi um choque para mim, mas um choque para me acordar para a realidade. Ainda tenho minhas convicções, ainda a amo, fico feliz que ela está feliz, só espero que não se arrependa depois, pois o tempo não volta para trás. Além disso, o cara A é um desiquilibrado e não tem onde cair morto e está mostrando com suas atitudes que está de olho no que ela (ainda) tem. Que ela abra o olho e fique esperta.

Eu vou reconstruir minha vida, vou encontrar outra mulher que mereça meu amor e vou ter uma família de verdade com ela, numa relação sem mentiras.